A pedido dos moradores do Parque das Rosas, o projeto de paisagismo e manutenção do Canal de Marapendi está em vigor. Com o intuito de limpar e embelezar todo o Canal, a restinga e o mangue da região, a iniciativa vem sendo liderada pela Associação dos Moradores e Amigos do Parque das Rosas (AMA-Rosas) que conscientizou e uniu os síndicos dos condomínios – que cotizaram entre si o investimento necessário para tal – a participarem das atividades em prol da melhoria da ciclovia e das margens do Canal.
O projeto surgiu pouco depois da inauguração da ciclovia – em dezembro de 2006 – com uma idéia organizacional. E, depois que os resultados foram aparecendo, o projeto foi adquirindo tamanha importância que é visto hoje como uma iniciativa que vem transformando a visão panorâmica e o sistema ecológico do canal. Tudo isso, por um simples enfoque: a limpeza do canal e o plantio de mudas de mangue.
- O projeto em si é simples, mas de grande valor ecológico porque implica na limpeza permanente da área de restinga e plantio de mudas de mangue onde foi preciso. Em alguns cantos com o mínimo de verba disponível estamos realizando melhorias paisagísticas, apesar da grande adversidade da falta de água, inclusive de mão de obra, resume Felisberto Azevedo, proprietário do Sea Point, empresa que administra as balsas do Canal de Marapendi.
Iniciando no Píer 2 (próximo ao condomínio Rosa da Praia) até ao Píer 1 (Rosa da Barra), a idéia é atuar primeiramente nos locais mais precários. Sendo assim, com mão de obra disponível, já foram retirados várias caçambas de pedras, entulhos e inimagináveis dejetos de lixo e de animais que foram deixados por seus donos, apesar de existir diversas papeleiras espalhadas pelo Parque das Rosas.
Com relação ao paisagismo, foram embelezados cerca de 150 metros no decorrer do canal. Segundo Felisberto, um dos organizadores do projeto, ainda há muito o que fazer, mas isso vai depender da disponibilidade de mão de obra e financeira que serão investidas nas atividades.
As reclamações, como sempre, ainda existem, porém, hoje, muitas pessoas já estão mais conscientes e mais engajadas sobre o meio ambiente e, por conta disso, chegam a propor soluções para alguns problemas.
- São raros os casos, onde os elogios superam e defendem nossas ações. Mas, mesmo assim, é muito bom que moradores nos questionem pessoalmente e discutam algumas ações. Isto é algo positivo porque ambos aprendemos com essas discussões e com a natureza, diz Felisberto Azevedo, proprietário do Sea Point, empresa que administra as balsas do Canal de Marapendi.
Desde o momento em que o projeto foi implantado, para qualquer um que passa pela Dulcídio Cardoso, é nítida a percepção de que o cheiro melhorou, a restinga está mais limpa, a visibilidade do espelho d’água está mais brilhante e é possível observar mais aves visitando a região e também orgulhando muitos que lutaram pela melhoria desse ecossistema.
- Aves como o frango d’água e os marrecos começaram a dar o ar da graça, assim como os sabiás catando os insetos em áreas limpas, os bem-te-vis pescando, os enormes siris, além das costumeiras garças, socós e biguás. É muito gratificante caminhar e ver esse ecossistema limpo e conservado. Acredito que, hoje, o morador entende que o canal, a restinga e o mangue são um patrimônio ambiental da comunidade, que precisa ser preservado, completa Felisberto.
De Karlla Gelabert
De Karlla Gelabert
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