As “divas” do Marapendi

quarta-feira, 28 de julho de 2010


Capivaras desfilam, atraem curiosos e param o trânsito
Depois de um tempo de ausência, as capivaras voltam às margens do Canal de Marapendi, bem próximo da ciclovia, onde a bela tarde de sol motivou a presença dos animais, ativos e saudáveis.
As "divas" desfilaram no gramado, mostrando charme e beleza, além do sucesso, atraíram a atenção de muitas pessoas, curiosos, inclusive a dos motoristas. Elas aproveitaram o momento de tranquilidade e de recreação, fizeram uma refeição degustando ervas silvestres; seu cardápio preferido.


Essa espécie de animal silvestre é o maior dos roedores mamíferos do Sul. Herbívoros, não são agressivos e nadam durante muitos quilômetros com o focinho fora d’água.

Uma das maravilhas, entre outras do Canal de Marapendi, bem perto dos nossos olhares e longe da proteção do IBAMA sofrem e a sua luta é contínua, indefesos, contra a sua extinção pelos caçadores implacáveis na mira de suas armas mortíferas.

Caçada Sádica


Moradores da região têm conhecimento de que caçadores rondam o habitat da nossa fauna e flora, não só apenas no Parque das Rosas, bem como em toda a reserva do cinturão verde ao longo do Canal de Marapendi.

Apesar das advertências feitas pelas placas vistas na ciclovia, rumores afirmam que algumas capivaras foram encontradas espetadas no pescoço, gravemente feridas. Outras perfuradas por bala na região lombar (nas costas) muito sangramento, em estado de coma.

Enquanto isso, outras são impiedosamente torturadas! Conta uma moradora que viu uma cena terrível: "uma capivara caída, agonizante com um pedaço de vergalhão cravado no olho. Nunca vi coisa tão terrível e de tamanha covardia, desabafou.

Certa ocasião foi visto um bêbado, com um facão na cintura, nas proximidades do Marapendi que dizia "ser a carne de capivara um bom tira-gosto".

Preservação da espécie depende da despoluição do Canal. Quando???

Além dos matadores e torturadores sádicos, as desamparadas capivaras e toda a fauna existente no local ainda são ameaçadas pelo esgoto que jorra no canal. A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) investiga para descobrir os responsáveis pelo crime ambiental.

De acordo com técnicos da delegacia e do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), um dos poluidores seria o Hotel Sheraton. Conforme exigência da delegacia, condomínios e estabelecimentos estão procurando a CEDAE para ligar suas estações de tratamento à Rede Pública. A pena para poluição hídrica é de um a cinco anos de prisão, segundo o ambientalista David Zee, vice-presidente da Câmara Comunitária da Barra da Tijuca.

As "divas" serão sempre lembradas


Algumas vezes nos perguntamos: onde estão as capivaras? As "divas" que vivem no leito do Canal de Marapendi, ora estão às margens, ora, nas vertentes e no seu leito, portanto, em todos os lugares que estiverem, jamais deixarão de existir enquanto lembrarmos delas...

Fonte: Jornal Du Rosas

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