Crack é causa de 83% dos atendimentos

terça-feira, 6 de julho de 2010

Em 2009, número de dependentes da substância representava 40% dos pacientes de núcleo comunitário da Barra; crescimento assusta

Exatos 83% dos atendidos pelo programa de ajuda a dependentes químicos da Câmara Comunitária da Barra da Tijuca são viciados em crack. O aumento dos casos assusta a associação, que reúne os síndicos dos condomínios do bairro: em 2009, a chamada "droga da morte" correspondia a 40% dos atendimentos.

De acordo com o médico Jorge Jaber, responsável pelo programa, a procura por tratamento vem aumentando. Nos cinco primeiros meses do ano, a associação atendeu quase 1,5 mil pessoas - uma média de 300 por mês. A tendência é de que o número não demore a bater a marca dos atendimentos em todo o ano passado - cerca de 1,9 mil.

A câmara recebe usuários de drogas de todo o Estado. O perfil do dependente que chega é, geralmente, de classe baixa, mas Jaber garante que o vício também atinge aqueles com maior renda. Na clínica particular em que trabalha, cada vez mais famílias buscam ajuda. "Lá, o vício em crack já representa mais da metade dos atendimentos", conta. l

Concentração de viciados aumenta roubos na zona sul

A preocupação com dependentes do crack fez o comandante do 2º BPM (Botafogo) criar um folheto com dicas para evitar crimes contra pedestres - prática típica de viciados na droga -, que vêm crescendo nos bairros da área de atuação do batalhão.

Segundo o tenente-coronel Antônio Carlos Carballo Blanco, roubos de celulares e aparelhos eletrônicos são comuns por servirem de moeda de troca nas bocas de fumo.

De acordo com dados do ISP (Instituto de Segurança Pública), 88 telefones celulares foram roubados na área nos quatro primeiros meses de 2009. No mesmo período deste ano, foram 120 registros - um aumento de 36%.
 

Comandante do BPM de Botafogo criou cartilha de segurança

Fonte: Destak

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